Zona ribeirinha de Porto e Gaia
Terá sido no ano seguinte aos terríveis incêndios de 2017, durante um debate que ocorreu num grupo de uma das redes sociais mais popular da atualidade, que tomei conhecimento da existência de um passadiço com extensão generosa denominado Ecovia do Litoral, localizado entre a Barrinha de Esmoriz e a Praia dos Lavadores, em Gaia. Na altura debatia-se o destino da madeira do então Pinhal de Leiria (…)
Nesse momento a referida ecovia passou a ser parte integrante da minha lista de lugares a visitar, ou conhecer…, e percorrer, o que veio a acontecer em dezembro de 2019. Essa aventura encontra-se descrita neste blog sob o nome Ecovia do Litoral, e o fim do percurso, que teve lugar na Serra do Pilar, revelou-se surpreendente ao ponto de fazer novo registo, mas os tempos pandémicos ditaram as suas condicionantes…
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Conteúdos deste artigo
1º Dia
- Santuário e Serra do Pilar
- Ponte D. Luís I
- Sé Catedral do Porto
- Estação ferroviária de S. Bento
- Vagueando pelas ruas do Porto
- Zona ribeirinha de Gaia
- Final do dia na Serra do Pilar
2º Dia
- World of Wine e zona ribeirinha de Gaia
- Pequena incursão pela cidade do Porto
- Avenida dos Aliados
- Igreja dos Clérigos
- Museu nacional Soares dos Reis
- Palácio de Cristal
- Passeio Alegre
- Praça do Infante D. Henrique
- Casa do Infante D. Henrique
- História das tripas à moda do Porto
- Informações Úteis
- Localização e como chegar
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Não habituados a circular dentro de cidades com transito mais caótico, decidimos deixar que o GPS nos conduzisse ao local pretendido Portus Ribeira House, o alojamento que tínhamos marcado e que desde já recomendamos, não só por se encontrar em local sossegado, mas também por se encontrar perto de tudo o que desejávamos visitar, com a benesse de podermos confecionar as nossas próprias refeições no local, embora não tenhamos feito uso desta ultima caraterística, desconhecíamos…
Chegamos ao local um pouco antes da hora de almoço. Decidimos estacionar no primeiro lugar que encontramos livre e sem custos de estacionamento, para de seguida estabelecer contacto com o alojamento e darmos início ao roteiro que levávamos planeado. Antes de continuar, dos vários custos que uma visita a esta zona acarreta, o estacionamento pode ser um deles, os valores mínimos rondam os 18€/dia. A taxa turística é obrigatória e tem o custo de 1€ por noite, por adulto.
1.º Dia
Santuário e Serra do Pilar
Começamos por subir ao Santuário da Serra do Pilar, inserido em área classificada em dezembro de 1996 como património mundial da UNESCO, juntamente com o centro histórico da cidade do Porto e ponte Luís I.
Considerada um ex-libris de Gaia, a construção desta igreja teve início em 1538 e prolongou-se por mais de 100 anos. É uma igreja de planta circular e por isso única em Portugal.
A partir do adro do santuário a vista que se obtém é soberba. Sobre a igreja, não nos foi possível conhecer o interior por se encontrar fechada, à data da visita era sábado. Aqui ao lado o Jardim do Morro é pondo de encontro e convivência entre estudantes, residentes, turistas e artistas de rua, que aqui se deslocam para fazer as suas atuações ou mostrar a sua arte e as suas habilidades. Toda esta zona constitui o local privilegiado para ver o por- do-sol, em dias limpos, numa descida apressada lá para as bandas da foz do rio.
Ponte D. Luís I
Esta é também a zona de entrada em Gaia pela ponte Luís I, que permite a travessia para a outra margem em ambos os tabuleiros. No tabuleiro superior o metro de superfície, no inferior o transito rodoviário, e em ambos a “livre” passagem pedonal, que dada a quantidade numérica, muitas das vezes torna complicada a travessia rodoviária, chegando a ser desesperante nos dias de maior movimento.
A construção desta ponte teve inicio em 1881 e veio substituir a ponte Pênsil, que já não tinha capacidade para dar resposta ao considerável aumento de comércio entre a cidade do Porto e o resto do país. Dessa antiga ponte ainda existem dois pilares localizados na margem norte. Seguindo pelo tabuleiro superior, na continuidade do percurso encontramos um pouco mais adiante a Sé do Porto, à esquerda, outro dos pontos de visita a não perder.
Sé Catedral do Porto
A sé do Porto pertence ao grupo dos mais antigos e afamados monumentos que existem em Portugal. O inicio da sua construção data da primeira metade do século XII e a construção prolongou-se até ao século seguinte, no entanto sofreu várias alterações ao longo dos tempos. Ao seguirmos em direção à fachada principal passamos pela bela galilé lateral, de estilo barroco, que data de 1736 e onde atualmente é comum encontrar algum artista de rua. A data um violoncelista prendia por breves momentos quem por ali passava.
De construção quase totalmente em granito, são destaque neste monumento as duas torres sineiras e a rosácea central preenchida por vidros coloridos; os imponentes e robustos pilares que dividem o espaço interior em três naves e suportam o teto em abóbada; os três órgãos de tubos, sendo o do coro de grandes dimensões; o retábulo-mor em talha dourada; o altar em prata, do santíssimo sacramento; a sala do capítulo e a exposição de arte sacra; e a total ausência de tinta nas laterais dos claustros: -Onde não é granito, é painel de azulejos.
Aqui ao lado o Paço Episcopal do Porto é igualmente visita a não perder.
Estação ferroviária de S. Bento
Regressando ao percurso anterior, alguns metros mais à frente encontramos a estação de S. Bento, talvez a mais bela estação ferroviária de Portugal e uma das mais belas do mundo. Aqui inicia a linha do caminho de ferro conhecida por linha do Douro, e o átrio desta estação encontra-se revestido em painéis de azulejo, que representam cenas da história e da vida portuguesas.
Aqui estão retratados o torneio de Arcos de Valdevez, Egas Moniz, a conquista de Ceuta, diversas cenas da vida no campo, tradicional e religiosa, e lá no alto um conjunto colorido sobre a evolução dos transportes em Portugal, onde não falta inclusive referências à “Mala Posta”. O design e a riqueza decorativa desta estação fazem dela uma das estações ferroviárias mais visitadas e fotografadas do mundo, tendo ganho fama além fronteiras.
Vagueando pelas ruas do Porto
De máquina fotográfica ao pescoço, somos algumas vezes confundidos por turistas estrangeiros, inclusive interpelados por um condutor dos tuk-tuk que nos propôs um “city-tours”. Se é verdade que a data a grande maioria dos forasteiros falava língua estrangeira, principalmente o castelhano, não é menos verdade que os agentes locais, para quem o turismo é a principal fonte de rendimento, passaram a ignorar ou a deixar de ter em conta o turista português, praticando preços não adequados à maioria dos rendimentos a nível nacional.
Descemos em direção à zona Ribeirinha do lado do Porto, sensivelmente a meio das explanadas, àquela que chamam a Praça da Ribeira e onde se encontra uma fonte encimada pelo S. João Batista, padroeiro da cidade, e no painel superior o brasão de armas de Portugal.
No rio Douro navegam as embarcações turísticas, um pequeno cruzeiro que vai desde a ponte do Freixo até à foz do rio, denominado “cruzeiro das seis pontes”…, e também as motos de água, que aqui e ali vão fazendo algumas acrobacias, para delírio de quem aprecia este tipo de desporto. Seguimos agora em direção ao tabuleiro inferior da ponte Luís I, ou ponte Dom Luís I, com vista em fazer a travessia do Douro para o lado de Gaia. Consta-se que as duas versões do nome são ambas válidas, mas segundo se diz, os Portuenses não perdoaram a ausência do rei na inauguração da ponte e fizeram cair o “Dom”, ficando apenas “Ponte Luís I”.
Ao longo deste pequeno percurso chama-nos a atenção as fachadas do casario antigo da ribeira do Porto e as suas janelas de pequenos vitrais quadriculares, todas voltadas para o rio. Por detrás destes edifícios, as ruelas desta zona ribeirinha de tão estreitas que são, algumas nem chegam a ver os raios de sol ao longo do dia, independente da altura do ano em que estejamos.
Perdoem o offtopic, mas enquanto caminhamos por aqui, foi impossível conter o riso ao ver um feirante abanar o poste de um candeeiro a cada vez que uma gaivota pousava em cima, para impedir a permanência das gaivotas lá pousadas e em consequência as fezes em cima dos tecidos que tinha na banca.
Zona ribeirinha de Gaia
Tal como dito anteriormente, o tabuleiro inferior da ponte Luís I permite a passagem pedonal e rodoviária, no entanto a circulação rodoviária aos fins de semana é pouco recomendável, devido à circulação pedonal quase sempre em grande numero. Do lado do Porto o ascensor de Guindais é uma ótima opção para quem tenha intenção de ir conhecer um pouco mais da cidade. Como à data se encontrava fechado decidimos aventurar-nos pelas escadas, mas essa parte deixamos para o segundo dia.
A partir do tabuleiro da ponte, bem preenchido pelos caminhantes, podemos ver as embarcações cheias de turistas rio acima e rio abaixo, fazendo parecer terem embarcado numa competição. Vista aqui de perto, a estrutura da ponte não deixa de ser algo que nos chame a atenção, uma generosa obra de arte face à data da sua construção. Logo à saída, à esquerda encontram-se as caves da Burmester, cujos ingressos de entrada são os de valor mais baixo. Aqui começa a marginal da zona ribeirinha de Gaia.
É do lado de Gaia que se encontram as caves de vinho do Porto, onde outrora os barcos rebelo faziam a descarga do vinho que traziam rio abaixo vindos maioritariamente das zonas da Régua e do Pinhão, transporte posteriormente substituído pela linha do caminho de ferro e mais tarde pelas rodovias. Ao caminharmos pela marginal podemos ver ali ao lado os barcos rebelo ancorados, que na atualidade apenas costumam sair para as festas do S. João e para eventos ocasionais.
Por distração acabamos por não visitar a recente casa das conservas enlatadas, que abriu à pouco tempo nesta zona e fica mesmo ao lado da casa do pastel de bacalhau. Nesta última entramos e acabamos por experimentar o “menu”, um pastel de bacalhau acompanhado de um cálice de vinho do Porto. Enquanto isso, pudemos ouvir um pouco de musica interpretada por um pianista num vistoso órgão de tubos.
Final do dia na Serra do Pilar
O dia vai chegando ao fim e por esse motivo entendemos ser hora de descansar um pouco, mas não sem antes subirmos ao Jardim do Morro para ver o por do sol. Aqui na zona ribeirinha, próximo do local onde nos encontramos existe “estação” do teleférico, para nós o melhor meio para subir à Serra do Pilar e por isso recomendamos. Quando chegamos ao Jardim do Morro ficamos surpreendidos com a quantidade de pessoas que já se encontrava por lá eventualmente pelo mesmo motivo que nós, o por do sol, não só no Jardim do Morro como em todo o santuário e zona envolvente.
E assim o sol acabou por se esconder numa descida apressada lá para as bandas da foz do rio Douro…
2.º Dia
World of Wine e zona ribeirinha
A partir do lado de Gaia, zona onde ficamos alojados, começamos por descer em direção à zona ribeirinha pela zona central das caves do vinho do Porto (WoW). É uma descida que não tem nada demais, apenas alguns edifícios e algumas zonas de laser ligadas ao vinho do porto: -caves, bares, etc.… Ao fundo da descida encontra-se a igreja paroquial de Santa Marinha, de planta retangular, composta por nave única, capela mor, torre sineira e anexos. No interior destacam-se os altares em talha dourada e o silhar de azulejos em tons de azul. O teto em abóbada, é guarnecido de um gradeamento interior em toda a sua periferia.
Já na zona ribeirinha, deparamos com outra das surpresas do fim de semana: -uma concentração de motards que ocorre todos os domingos durante a manhã nesta zona, para a qual se deslocam motards da grande maioria do distrito do Porto e limítrofes. Especificar quantos eram não é fácil, alguns entendidos apontavam para duas mil, talvez mais.
Caminhamos de novo em direção ao tabuleiro inferior da ponte Luís I e posteriormente às escadinhas de Guindais, um dos recantos mais pitorescos do chamado Porto Antigo, tal como as escadinhas do Codeçal…, um percurso alternativo ao ascensor que à data da visita se encontrava fechado. De seguida subimos a Rua Augusto Rosa e eis que chegamos à Praça da Batalha, para posteriormente vaguearmos um pouco pelo interior da cidade até terminarmos nos jardins do Palácio de Cristal, agora pavilhão Rosa Mota.
Pequena incursão pela cidade do Porto
Na praça da Batalha, junto ao NH Collection hotels encontra-se a estátua do Rei D. Pedro V, e ao lado o Cine Batalha, recentemente renovado e reaberto ao público em dezembro de 2022, agora com o nome Batalha Centro de Cinema. Na execução das obras foi possível recuperar os frescos de Júlio Pomar, património da década de 1940 que na altura foi censurado pelo estado novo.
Aqui na Praça da Batalha encontra-se também o imponente Teatro Nacional de S. João, e um pouco mais adiante a igreja paroquial de Santo Ildefonso, uma Igreja de planta longitudinal de uma só nave, com capela-mor profunda e diversos volumes adossados. A fachada principal é totalmente revestida a azulejos monócromos, de cor azul sobre fundo branco, onde se encontram representadas cenas alusivas ao seu orago.
Ao longo da caminhada fomos contemplando a arquitetura contemporânea com a qual nos fomos cruzando. Ao meio dia em ponto foi possível ouvir a melodia comandada por meios eletrônicos, interpretada pelo “carrilhão” de pequenos sinos situado na fachada do edifício da Fnac, na esquina formada pela rua de Santa Catarina com a rua Passos Manuel.
…e se era meio dia era chegada a hora do almoço, que neste dia foi numa tasca junto à estação de S. Bento, onde pudemos degustar de uma deliciosa Francesinha, um dos pratos mais típicos desta cidade embora em nossa opinião não seja o mais emblemático. Esse lugar pertence às tripas à moda do Porto, que é de onde vem o apodo de “Tripeiros”, a alcunha dada aos habitantes desta cidade.
Avenida dos Aliados e Passos do Concelho
Daqui até à avenida dos Aliados é um saltinho. O nome desta avenida homenageia os países aliados da primeira grande guerra, é encimada pelo imponente e majestoso edifício dos passos do concelho, de arquitetura robusta e apalaçada, cuja construção foi iniciada em 1920 mas concluída apenas em 1955, tendo o projeto inicial sofrido várias alterações.
O conjunto arquitetónico desta avenida e o seu caráter central fazem dela o local por excelência onde os Portuenses se concentram para celebrar momentos especiais. Todos os edifícios que a ladeiam são de arquitetura exuberante, muitos deles coroados de lanternins, cúpulas e coruchéus. Esta avenida é por muitos considerada a “sala de visitas” da cidade.
Igreja dos Clérigos
A Igreja e Torre dos Clérigos é um conjunto arquitetónico notável, sendo considerado um postal e ao mesmo tempo um cartão de visita da cidade. O conjunto integra três elementos principais: a Igreja dos Clérigos, a Torre e a Casa da Irmandade. Esta é considerada a obra mais emblemática do arquiteto Nicolau Nasoni, tendo incorporado na sua construção vários elementos de construção granítica. A visita à Casa da Irmandade e subida à torre tem o custo de 8€. A entrada no espaço de oração (igreja) é de acesso livre.
Museu nacional Soares dos Reis
O museu nacional Soares dos Reis foi criado em 1833 por D. Pedro IV de Portugal, primeiro imperador do Brasil, para salvaguarda dos bens sequestrados aos absolutistas e conventos abandonados durante a guerra civil de 1832 a 1834. A extinção das ordens religiosas foi outro dos motivos que justificou a sua origem, tendo recebido obras de arte vindas de antigos mosteiros. A entrada neste museu tem o custo de 8€ por adulto, mas aos domingos e feriados nacionais a entrada é gratuita para residentes em Portugal.
Palácio de Cristal
Os jardins do Palácio de Cristal são um aprazível espaço verde, localizado na freguesia de Massarelos, na cidade do Porto, a partir do qual se desfrutam de deslumbrantes panorâmicas sobre o rio Douro e a sua foz. Projetados pelo paisagista alemão Émile David para envolver o então palácio de cristal, a sua origem remonta à década de 1860. No jardim podemos encontrar espécies arbóreas como: redodendros, camélias, araucárias, faias, e outras mais.
Para melhor o descrever, o jardim é composto por espaços com nomes como: avenida das tílias, jardim das plantas aromáticas, jardim das plantas medicinais, jardim das cidades geminadas, jardim dos sentimentos, avenida dos castanheiros da índia e jardim do roseiral. Não se surpreenda se ouvir um galo a cantar ao entrar no jardim, porque irá encontrar também algumas espécies de aves: patos bravos e mansos, galos da índia e nacionais, galinhas, pavões, gaivotas…, entre outros.
Passeio Alegre
Ao fundo do jardim, pela marginal do rio passa a linha do elétrico “Passeio Alegre”, um percurso turístico que vai desde as proximidades da ponte D. Luís até à foz. Decidimos embarcar e fazer o percurso ida e volta. Como era fim de tarde e o tempo estava a ficar fechado, acabamos por ficar apenas o tempo suficiente para apanhar o elétrico de volta e regressar, no entanto é um percurso que recomendamos, principalmente se o dia estiver aberto.
Praça do Infante D. Henrique
No centro da Praça Infante D. Henrique encontra-se a estátua daquele que lhe deu o nome, também conhecido como “O Navegador”. Consta-se que esta personalidade terá nascido nesta cidade nas proximidades da Casa da Rua da Alfandega Velha, agora Casa do Infante, e terá sido uma das mais importantes figuras do início da era dos descobrimentos. Na parte mais elevada da praça podemos ver o edifício do outrora mercado Ferreira Borges, hoje utilizado para exposições e feiras de âmbito cultural.
…e num dos lados da praça encontra-se o Palácio da Bolsa, um dos edifícios de relevo para esta cidade cuja construção data de 1842. Foi outrora sede da Associação Comercial do Porto e serve agora para os mais diversos eventos culturais, sociais e políticos da cidade. No seu interior destaca-se o salão maior devido à exuberante decoração árabe que ostenta, é o espaço usado para homenagens a chefes de estado que visitam a cidade.
Casa do Infante D. Henrique
Descendo à zona ribeirinha pela Rua da Alfandega encontramos a Casa da Rua da Alfandega Velha, atualmente mais conhecida por Casa do Infante. Acredito que tenha existido aqui alguma confusão na atribuição dos nomes, faria mais sentido Casa da Alfandega Velha, e Rua da Alfandega Velha. Esta casa é tida como local onde nasceu o Infante D. Henrique, “patrono” dos descobrimentos portugueses. Faz parte do conjunto de edifícios mais antigos da cidade, sendo atualmente museu e arquivo histórico municipal.
Este espaço, atualmente monumento nacional, foi servindo vários propósitos tais como antiga Alfandega da Cidade e Casa da Moeda, que aqui estiveram instalados durante vários anos. Nesta casa, relativamente perto do rio Douro, funciona atualmente um museu onde podem ver-se vestígios da ocupação moderna, medieval e romana, além de exposições permanentes e do arquivo. Em 2020 foi inaugurado o gabinete do tempo, com um ciclo de exposições capazes de uma experiência aprofundada sobre episódios e perspetivas cronológicas da cidade, levando o visitante a imaginar possíveis relações entre a atualidade e os tempos mais remotos.
Regressamos à marginal e zona ribeirinha. Seguimos em direção ao tabuleiro inferior da ponte Luís I e damos a visita por concluída. Se for do seu interesse visitar esta zona recomendamos que o faça nos meses de menos movimento, entre setembro e abril por exemplo. Tenha em conta a “nortada” o mar fica muito próximo daqui, por isso conte com algum frio nessa altura.
Ao visitar esta zona vai ter obrigatoriamente de caminhar, subir e descer ruas e ruelas, por isso venha com calçado confortável. Agasalhe-se se fizer frio, mas evite dias de chuva ou vento, ou o conjunto de ambos. Venha com tempo disponível, por aqui vai ter muito para visitar. Nós iremos voltar de novo…
História das tripas à moda do Porto
O Infante D. Henrique, precisando de abastecer as naus para a tomada de Ceuta na expedição militar comandada pelo Rei D. João I em 1415, pediu aos habitantes da cidade do Porto todo o género de alimentos. Todas as carnes que a cidade tinha foram limpas, salgadas e acamadas nas embarcações, ficando a população sacrificada unicamente com as miudezas para confecionar, incluindo as tripas. Foi com elas que os portugueses tiveram de inventar alternativas alimentares, surgindo assim o prato “Tripas à moda do Porto”, que acabaria por se perpetuar até aos nossos dias e tornar-se, ele próprio, um dos elementos gastronómicos mais característicos da cidade. De tal forma que, com ele, nascia também a alcunha “tripeiros”, como ficaram a ser conhecidos os portuenses desde então
Fonte: Wikipédia
Informações úteis
- A visita a uma das caves do vinho do Porto tem o custo mínimo de 16€ por adulto, mas na grande maioria, o plano mais baixo custa 18€.
- O menu na casa do pastel de bacalhau custa 15€, (pastel de bacalhau e um cálice de vinho do Porto), embora admitamos que este valor contemple o pianista e o som do piano de tubos (musica barroca)
- Um cruzeiro na zona ribeirinha, cujo percurso ia desde a foz até à ponte mais distante que liga ambas as margens, tem o custo de 15€ por adulto.
- Em preços, o que mais nos surpreendeu foi o custo da ida ao WC num café modesto, tipo tasca. 1€ era o valor.
- Na zona ribeirinha de Gaia, uma viagem no teleférico custa 7€. ou 12€ se for ida e volta. Recomendamos que use apenas quando tiver de fazer o percurso ascendente.
- A entrada no museu do carro elétrico custa 8€, mas consegue 30% de desconto se fizer a viagem no elétrico à foz do Douro. Esta viagem de ida e volta custa 7€ e pode regressar à hora que entender, desde que regresse no mesmo dia.
Localização e como chegar
Chegar ao Porto ou Vila Nova de Gaia é fácil. Existe aeroporto Francisco Sá Carneiro na Maia, estação de comboio e autoestrada. Porto é a segunda maior cidade de Portugal e fica no litoral norte a 300km de lisboa, sentido norte.
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- Igualmente em posição privilegiada e com maravilhosas vistas para a cidade do Porto e rio douro tem o The Lodge Porto Hotel igualmente com 9,4 no Booking
- Se pretender mais ao estilo Alojamento Local, tem o Douro River Apartments Classificado em 9.5 no Booking e pertinho da marginal do rio
- E porque não algo mais ligado ao vinho do Porto? The House of Sandeman – Hostel & Suites, tem a classificação de 9,4 no Booking.
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