
Passadiços do Pereiro
PR16 Rota do Rio Seia
Escrever sobre passadiços não é tema muito aliciante para nós, salvo se as características e a envolvência dos mesmos nos cative a esse ponto. Se não houver justificação válida para a destruição da natureza na obtenção da madeira usada na construção dos passadiços, dificilmente serão divulgados neste blog.
Já conhece este Trilho e estes Passadiços?
Antes de continuar adianto que teríamos mais fotografias para colocar aqui, mas não quisemos inundar o artigo de fotografias sob pena de estragarmos o fator surpresa.


Num fim de semana em que nos dedicamos a conhecer a cidade da Guarda, a “mais alta” de Portugal (como usualmente costumam dizer), acabamos por conhecer os Passadiços do Pereiro, chamados assim por se encontrarem perto de uma localidade com o mesmo nome. Estes passadiços encontram-se integrados no PR16 Rota do Rio Seia, um percurso pedestre que abrange parte do rio Seia, com inicio no centro da cidade de Seia e o fim na localidade de Vila Verde. É na parte final do percurso, no troço que começa junto à ponte do Pereiro, que permite a ligação desta localidade a Sameice, que se encontra a maior parte destes passadiços, construídos apenas onde não existiam condições adequadas ao pedestrianismo.



Esta parte do trilho, considerada uma das mais belas do percurso, começa junto à ponte que suporta a estrada M504 e continua para jusante do rio, até ao Açude do Pífaro. A jusante desta ponde, ou se preferir, no sentido descendente, o rio corre entre afloramentos graníticos, com cascatas e moinhos ao longo percurso, formando um dos cenários mais emblemáticos da rota. A câmara local entendeu, e bem, promover a valorização patrimonial e turística da biodiversidade aqui existente, principalmente a parte compreendida entre a ponte romana de Folgosa do Salvador e Vila Verde, dotando o percurso de condições adequadas para que os caminhantes possam ter melhor contacto com a natureza e todo o cenário paisagístico envolvente.



Aproveitando grande parte dos caminhos já existentes, ao longo deste trajeto, rico em flora, fauna e com vegetação ripícola luxuriante, sobressaem vários pontos de interesse, tais como: moinhos, açudes, levadas, pontes, miradouros, rebanhos, pastagens…, e lugares que nos despertam uma forte vontade interior de viver ali. Tendo em conta o eventual interesse pela natureza do lugar, foram colocados painéis interpretativos e informativos sobre um pouco de tudo o que se pode encontrar ao longo do trilho. Este é um lugar que encanta ao ponto de ser difícil perceber como estes passadiços ainda são pouco conhecidos. É um percurso lindíssimo e segue quase sempre junto ao rio.




A extensão do trilho tem mais de 15 km, mas a parte que descrevemos aqui é bem mais curta. Como já estávamos de regresso e com pouco tempo disponível, apenas nos foi possível calcorrear esta pequena parte, o troço a montante da ponte do Pereiro passou a estar na nossa lista de lugares a visitar. Estes passadiços foram danificados pelos incêndios que aqui ocorreram em 2022, tendo sido repostos em 2023 e reabertos ao público em setembro do mesmo ano. Nesta parte do percurso ainda são visíveis alguns sinais dos incêndios ocorridos, mas nem por isso o percurso perde o seu encanto.

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Já conhecias estes Passadiços? Ficou com vontade de os visitar? Aponte esta dica para quando decidir andar por estas bandas.


Dicas úteis sobre este percurso
Para estacionar tem um pequeno espaço pertinho da ponte, terá sido a entrada de alguma indústria (exploração de inertes..?), mas no presente encontra-se encerrada. Independente do lado que venha, facilmente encontra o local. Junto à ponte o percurso começa por ser um caminho térreo, os passadiços aparecem mais adiante. A partir da ponte siga para jusante do rio até chegar ao Açude do Pífaro, irá saber que está neste açude quando encontrar um baloiço e algumas mesas de picnic.

O trilho (PR16 – Seia) é linear e esta parte é fácil de percorrer, sem declives ou subidas acentuadas. Com paragens aqui e ali para registo fotográfico e contemplar a natureza, conte com pelo menos uma hora e meia para ir e vir. Os passadiços só existem em algumas partes do trilho, aqui houve respeito pela natureza. Recomendamos levar consigo uma garrafa de água pequena, telemóvel ou máquina fotográfica, um saco para trazer o seu lixo, e pouco mais. No verão convém levar chapéu e pode ser necessário usar repelente para insetos.

- Tipo de percurso: Linear
- Distância: 5 km ida e volta
- Duração aprox.: 1h30
- Grau de dificuldade: Fácil
Localização e como chegar
Tal como descrito anteriormente, estes passadiços ficam integrados no trilho PR016 – Seia. Para quem desconheça onde fica Seia, o melhor ponto de referência é a Serra da Estrela. Para chegar até eles deve colocar no gps Seia ou Nelas, e indo de uma localidade para a outra pela N231, posteriormente apanha a estrada municipal M504, esta passa por Pereiro e Sameice.

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- Veja aqui um artigo com quatro praias fluviais maravilhosas nas proximidades, todas elas com água pura e cristalina, mas um pouco fria, como é típico das águas serranas.
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