Monumentais Igrejas de Santarém
Santarém é uma cidade Portuguesa situada no centro de Portugal, na zona do Ribatejo, margem direita de Rio Tejo, um rio que nasce em Espanha e atravessa Portugal. É capital de distrito e sede de município com o mesmo nome, e detentora de um passado histórico relevante que remonta aos longínquos tempos da era anterior à nossa.
Antes de continuar chamo a atenção que existe outra cidade com o nome Santarém, fica situada no norte do Brasil.
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Conteúdo deste artigo
- Igreja/convento de Santa Clara
- Convento de São Francisco
- Igreja de N. Sra. da Piedade
- Igreja de N. Sra. da Conceição – Sé Catedral
- Igrejas da Ribeira de Santarém (Santa Iria e Santa Cruz)
- Igreja do Santíssimo Milagre
- Igreja de S. Nicolau
- Igreja de N. Sra. de Marvila
- Igreja de S, João de Alporão
- Igreja da Misericórdia
- Igreja de Jesus Cristo
- Capela Dourada
- Igreja de N. Senhora da Graça
- Igreja de Santa Maria da Alcáçova
- Agradecimentos
- Localização e como chegar
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De entre as várias riquezas patrimoniais que existem nesta cidade Ribatejana, as suas monumentais igrejas são sem dúvida uma delas. Dizer que aqui em Santarém são numerosas e dignas de visita, de forma alguma é exagero. A imponência de umas e beleza de outras, são ingredientes capaz de cativar qualquer visitante, independente das suas crenças religiosas. Ao nos apercebermos no valor patrimonial e religioso que elas representam para a cidade, decidirmos dedicar-lhe algum tempo e acredite, um dia pode ser insuficiente para as conhecer todas.
Algumas destas igrejas encontram-se equipadas com o clássico e ainda funcional órgão de tubos, usado nas homilias dominicais e alguns eventos ocasionais, como por exemplo o festival de órgão que decorreu à data da visita em algumas das igrejas.
“Paramos suspensos pelas emoções, quase transcendentais, vindas de um instrumento musical, talhado em medidas largas, que ecoa a cada registo numa sonoridade tímbrica com personalidade própria, que dialoga entre si e que convive com outros instrumentos e outras expressões artísticas.”
Nuno Domingos – Vereador com o pelouro da cultura na Câmara Municipal de Santarém
Igrejas de Santarém
Igreja de Santa Clara
Construída no século XIII por ordem de D. Afonso II, esta igreja encontrava-se fora do perímetro muralhado do castelo que aqui terá existido. No século XVII foi alvo de profundas remodelações, que lhe alteraram a forma e a volumetria. Por essa altura foram incluídos revestimentos azulejares maneiristas, retirados em 1940 aquando um polémico restauro que a despojou de todos os elementos decorativos de que dispunha, perdendo-se para sempre um pouco da história artística e da evolução conseguida por este templo ao longo de várias gerações. O interior apresenta atualmente um estilo simplista. A planta é composta por três longas naves e oito tramos, apoiados em altas colunas de estilo gótico, ande na zona junto ao altar ainda é possível observar os frescos com que outrora estas colunas e estas arcadas se encontravam decoradas.
As dependências conventuais atualmente são inexistentes. Nesta igreja deve destacar-se a ausência de porta na fachada principal, acreditando-se esta ser uma caraterística derivada da clausura da ordem que aqui habitou. Destaque também para a rosácea existente naquela que é considerada a fachada principal, uma das principais fontes de luz, que a par com frestas e janelas laterais estreitas dispostas verticalmente, forneciam a luz necessária ao espaço interior.
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Convento de S. Francisco
Este monumento religioso possui na sua estrutura sinais marcantes das várias épocas, que vão do gótico ao barroco, com passagem pela arte manuelina e renascentista. Fundado em 1242 aquando o estabelecimento dos Franciscanos em Santarém, encontra-se situado na periferia daquela que na altura era uma vila medieval, lugar que reunia as condições para levar a cabo os seus objetivos predicatórios junto da população. Exerceu a função monástica até ao início do século XIX. Posteriormente, a extinção das ordens religiosas levou este espaço a ruinosas utilizações, tendo inclusive sido colocado ao serviço do quartel do Regimento de Cavalaria de Santarém.
Na segunda metade do século XIV a igreja conhece a intervenção régia, com a construção de um coro alto nos três tramos médios da nave central. Entre os séculos XV e XVI foram edificadas as abóbadas dos claustros e capelas do interior da igreja, reconstruídas após o terramoto de 1755…(…). Em 1940, no mesmo ano em que a “vizinha” Igreja de Santa Clara passava por um processo de restauro, um incêndio veio agravar à sua degradação. Mais recentemente, em 1999, tiveram inicio as obras de restauro onde se procurou recuperar o edifício enquanto monumento, reabrindo ao público 10 anos mais tarde.
Em 2012 viu recolocada a rosácea na sua fachada principal, um trabalho levado a cabo pela escultora em cantaria Cristina Maria Ferreira, que com arte esculpiu a moldura a partir de calcário maciço e vidraço de moleanos, ambos provenientes da Serra de Aire e Candeeiros. A planta principal da igreja conventual aqui existente é de estilo gótico, composta por três naves divididas por pilares que suportam cinco tramos. O estilo gótico encontra-se também presente no coro e nos claustros circundantes do pátio deste convento, apesar destes terem sido construídos em datas díspares.
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Algumas das igrejas de Santarém tem na sua fachada principal uma rosácea, sendo uma delas de conceção rara, possivelmente até única com estas caraterísticas. Continue connosco e fique a saber qual.
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Igreja de N. Sra. da Piedade
Foi à volta da imagem de Nossa Sra. da Piedade que ocorreram os “sinais milagrosos” que os crentes, e a Sé de Lisboa, associaram o que se considera ter sido um milagre, a vitória na guerra do Ameixial, que praticamente pôs fim às batalhas travadas pela restauração da independência de Portugal. Esta igreja foi mandada construir por iniciativa régia de D. Afonso VI, em 1664, aquando a reestruturação da área urbana do Paço Real de Santarém, no lugar onde se situava a “porta de Leiria”, uma das portas mais importantes da cintura muralhada.
Esta igreja encontra-se situada no centro histórico de Santarém, a dois passos da Catedral. A planta apresenta forma em cruz grega, com o corpo central octogonal encimado por cúpula. No interior, de estilo maneirista, destacam-se acima de tudo os mármores em várias cores e tons, e os elementos decorativos da capela mor em talha dourada, ladeada por dois púlpitos. Sobre a porta principal pode ver-se o escudo real, enquanto que as laterais são encimadas por dísticos latinos alusivos às lides da restauração da Independência.
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Igreja de N. Sra. da Conceição – Sé Catedral
Conhecida como Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Colégio dos Jesuítas, ou como Igreja do Seminário, é na atualidade mais conhecida como Sé Catedral de Santarém. Encontra-se situada no triângulo formado pelo Jardim da Liberdade, Jardim da República e praça Sá da Bandeira, com a frente voltada para esta última. Esta igreja de nave única, foi mandada construir por ordem do rei D. João IV, que doou as ruínas do Paço Real da Alcáçova Nova aos Jesuítas, para ali edificarem um colégio com uma igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal.
Após a expulsão dos Jesuítas, ordenada pelo Marquês de Pombal, a rainha D. Maria I doa o colégio e restantes edifícios ao Patriarcado de Lisboa, sendo aí instalado o seminário de Santarém. Em 1975 a igreja foi elevada à condição de Sé Catedral e criada a diocese de Santarém. Nesse mesmo ano foi nomeado o seu primeiro Bispo.
Na decoração exterior o frontispício impressiona pela sobriedade. A fachada maneirista dá abrigo aos santos eleitos pelos Jesuítas e na zona mais elevada, um imponente frontão alberga a “capela” da padroeira da catedral ladeado por duas grandes volutas. Na decoração interior destaca-se o barroco, na aplicação dos mármores ornamentais, nas pinturas dos tetos da nave e capela-mor, e na talha dourada em quatro dos oito altares laterais.
Destaque ainda para o órgão de tubos desta igreja. Dos oito que constituem o património organístico da cidade de Santarém, este é o único que não faz parte da organaria ibérica, a sua origem é britânica e foi construído em 1835. A par com a visita à Sé Catedral, pode aproveitar e visitar o museu Diocesano de Santarém, que mantém em exposição permanente mais de uma centena de peças, é uma visita que recomendo e tem o custo de 4€ por adulto.
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Igreja de Santa Iria e Igreja de Santa Cruz
Na ribeira de Santarém existem duas igrejas cujo interior não nos foi possível conhecer, uma por se encontrar em obras, e a outra por se encontrar fechada. São as igrejas de Santa Iria e de Santa Cruz, respetivamente. Sobre estas igrejas não nos é possível dizer muito. Consta-se a igreja de Santa Iria ter sido construída no ano de 1160 (?) e ter passado por uma reforma minuciosa em 1688, data inscrita sobre o portal. Esta igreja, de invocação a Santa Iria, a mártir cristã nabantina (cujo corpo, segundo a lenda, aportou a estas paragens após o seu martírio) situa-se dentro do povoado da ribeira, próximo da linha do caminho de ferro.
A igreja de Santa Cruz terá sido edificada no século XIII embora não existam certezas quando ao ano de inicio da sua edificação, tal como da igreja de Santa Iria. Esta igreja encontra-se situada num promontório, a poucos metros da estrada nacional N114, e é a única listada no cardápio referente às igrejas de Santarém que se encontrava fechada apesar de não estar em obras, por esse motivo não nos foi possível conhecer o interior.
Destaque para alguns elementos arquitetónicos no exterior, como o portal principal de estilo gótico composto por quatro arquivoltas, as altas e estreitas janelas na zona da capela mor, e a porta de entrada no anexo com o seu frontão exuberante.
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Igreja do Santíssimo Milagre
Igreja de Santo Estevão, mais conhecida como Igreja do Santíssimo Milagre, é uma igreja do século XIII, mas com uma traça renascentista, resultado da reconstrução após um sismo ocorrido no século XVI. Esta igreja, dedicada ao primeiro mártir do cristianismo, deve o seu atual nome a um milagre ocorrido em 1226, encontrando-se nela guardada a relíquia da referida ocorrência.
O interior de três naves, apresenta estilo simplista, renascentista, com elementos característicos do maneirismo. Os arcos que se abrem para a capela mor são ornados nos vãos com medalhões típicos. Entre eles elevam-se elegantes pilares com duas estátuas da mesma época. S. Pedro e S. Paulo. Interiormente é uma igreja simples, mas muito bonita. No exterior destacam-se a torre sineira com coruchéu manuelino, o pórtico da entrada de verga reta e frontão triangular, ladeado por dois pilares e sobrepujado por uma janela centrada com frontão também triangular.
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Igreja de S. Nicolau
A igreja paroquial de S. Nicolau é uma igreja de estilo maneirista construída em 1613. Esta igreja foi edificada sobre as ruínas de uma outra que ali existiu, de estilo gótico, que foi totalmente destruída por um violento incêndio. A fachada é composta por cinco corpos, dividida por pilastras assimétricas sem ornamentação e rematadas superiormente por cornija. Apesar de simples impressiona pelo estilo, revelando algumas caraterísticas maneiristas.
O interior é de três naves, separadas por arcadas toscanas e apoiadas em colunas que antecedem o altar mor. As paredes são corridas por um silhar alto de azulejos em tons azuis e amarelos, constituindo um padrão em todo o seu perímetro e contorno das capelas laterais. Esta igreja tem agregada a si uma capela dedicada a de S. Pedro, o seu orago.
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Igreja de N. Sra. de Marvila
Localizada junto do largo/praça Serra Visconde do Pilar, no centro histórico, conta-se esta ser a igreja mais antiga do conjunto de igrejas existentes nesta cidade. A sua construção data de 1149 por iniciativa dos templários, dois anos após a conquista da cidade pelo Rei D. Afonso Henriques, contando com o financiamento das rendas dadas pelo Bispo de Lisboa. Ao longo dos anos passou por obras de reconstrução, restauro e decoração, chegando aos nossos dias com o traçado que hoje é conhecido.
O interior desta igreja impressiona pelo revestimento total em azulejo da época seiscentista. O exuberante e magnifico pórtico de entrada, de estilo manuelino, é outro dos elementos de destaque desta igreja, a que se devem juntas as portas laterais encimadas por frontões triangulares, e as estreitas janelas em disposição vertical (frestas de lancete e duplo arregace). O interior é de três naves, com arcos manuelinos de volta perfeita apoiados em pilares com capiteis jónicos.
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Igreja de S. João de Alporão
Ao longo de décadas a igreja de S. João do Alporão passou por algumas fases conturbadas. Na origem da sua existência estiveram lutas político-religiosas, e da sua edificação fazia parte uma torre sineira circular, que juntamente com a torre das cabaças (existente ao lado), denotava um conjunto militar defensivo. Com o fim das ordens religiosas a igreja foi vendida a um particular, passando a servir como arrecadação e mais tarde como teatro.
Após reconhecimento do seu valor patrimonial passa por um processo de restauro, reabrindo ao público em 1889 como museu distrital. Daí para cá o edifício passou por mais alguns processos de requalificação, um dos quais a decorrer aquando a visita e por isso encerrada temporariamente.
São destaque visível nesta igreja a arquitetura das suas portas, a lateral outrora eventualmente servida por uma escada com 4 a 6 degraus (?), e a rosácea que se encontra sobre o portal da entrada principal, este último oculto à data da visita, mas visível numa das imagens gentilmente cedida pelo Município de Santarém para melhor podermos ilustrar este artigo. Por se encontrar em obras, sobre o interior nada podemos dizer. Fica uma foto de um painel de azulejos, cuja pintura retrata uma parte da arquitetura decorativa existente no seu interior(?), e uma outra cedida pelo Município de Santarém, que juntamente com a foto anterior, permitem ao leitor constituir uma ideia de como eventualmente será o seu interior.
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Igreja da Misericórdia
Bem no centro histórico de Santarém, em meados do século XVI edificou- se a igreja da Misericórdia de Santarém, também conhecida como igreja de Nossa Senhora da Visitação. A fachada principal, delimitada por um gradeamento colocado a escassos metros da rua, ostenta três janelões ao nível do coro. Um dos quais, de varanda mais saliente, é encimado por majestoso frontão. Numa pequena capela na parte mais elevada encontra-se a imagem da virgem.
O interior, composto por três naves todas ao mesmo nível e altura (tipo salão), é dividido por colunas toscanas que acolhem pinturas policromas de ornatos dignas de visita, pilares esses que são encimados por abobadas com cruzaria de nervuras à vista. Com o terramoto de 1755 perdeu-se a fachada primitiva desta igreja, sendo a atual de estilo barroco. Entre outros, destaque para os painéis de azulejos existentes no definitório, cuja visita pode ser solicitada junto do guia local. Esta igreja e edifício anexo acolheram a Santa Casa da Misericórdia até à sua transferência para o Convento de Nossa Senhora de Jesus do Sítio.
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Igreja de Jesus Cristo
Situada em zona conhecida na época como “fora da vila”, no local onde anteriormente se situada o chamado Paço dos Arcebispos, a igreja de Nossa Senhora de Jesus do Sítio, ou Igreja do Hospital, ou Igreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Santarém e hoje mais conhecida por Igreja de Jesus Cristo, será provavelmente a igreja maior do conjunto das igrejas apresentadas neste artigo, sendo parte integrante do convento com o mesmo nome. As suas origens remontam a finais de século XVII para albergar a Ordem Terceira dos Frades de S. Francisco.
Interiormente é uma igreja de nave única, de extensão generosa, onde ainda é possível apreciar alguns painéis de azulejos do século XVII e pinturas dos tetos do coro e da capela mor, assim como em algumas capelas laterais. A degradação não tem poupado este espaço, podendo comprovar-se em algumas capelas laterais onde se recorreu ao betão para colmatar alguns aspetos menos apreciáveis.
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Capela Dourada
Paredes meias com esta igreja encontra-se a Capela Dourada, considerada uma obra prima do barroco de estilo nacional. Em contraste com a simplicidade arquitetónica do exterior, a composição artística do interior é composta por obras de arte repartidas em três principais elementos decorativos: silhar de azulejos, pinturas sobre tela, e talha dourada, de onde eventualmente resulta o nome “Capela Dourada”.
Ao nível inferior encontra-se o silhar de azulejos que data de 1717, onde se apresentam vários episódios da vida do Poverello de Assis. No seu perímetro superior encontra-se um ciclo de 14 telas datadas de finais do século XVII, emolduradas em larga caixilharia de madeira revestida, em talha dourada ou policromada, onde se apresenta o incontornável testemunho de vários Terceiros Franciscanos.
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Igreja de N. Sra. da Graça
Iniciada em 1380 e concluída apenas em 1420, a igreja de Nossa Senhora da Graça é um templo característico do gótico pleno Português, composto por três naves amplas divididas por arcos ogivais assentes em duas linhas de colunas encimadas por capiteis ornados de motivos vegetalistas. A iluminação principal da cabeceira provém de luz natural fornecida por altas e estreitas janelas, que juntamente com as duas rosáceas, existentes na cabeceira e na fachada principal, fornecem iluminação que reflete a ideia da época: Deus é Luz.
A fachada principal desta igreja, de decoração minuciosamente trabalhada, destaca-se pelo esplendor do seu portal de estilo gótico flamejante, seguindo as decorações arquitetónicas inovadoras usadas no Mosteiro da Batalha. Esta fachada é um dos aspetos mais interessantes desta igreja. O seu elegante pórtico de arquivoltas, sobreposto por um arco canopial, é envolvido por uma moldura finamente decorada que preenche todo o espaço central. É sobreposto por uma impressionante e enorme rosácea, minuciosamente trabalhada e esculpida numa única pedra, constituindo uma raridade neste tipo de elemento decorativo em monumentos do género.
Uma das características particulares deste templo é o seu desnível em relação ao exterior. A escadaria que dá acesso à nave principal foi outrora protegida por dois corrimãos laterais. Nesta igreja, assente em cima de oito leões, encontra-se o túmulo de D. Pedro de Menezes, neto do fundador D. Afonso Telo de Menezes, primeiro conde de Ourém, e o túmulo de Pedro Alvares Cabral, descobridor do Brasil.
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Igreja de Santa Maria da Alcáçova
A igreja de Santa Maria da Alcáçova encontra-se edificada mesmo ao lado do Jardim das Portas do Sol. Esta Igreja data de 1154, sete anos após a conquista de Santarém aos Mouros. A sua construção teve a iniciativa dos Cavaleiros da Ordem do Templo, ou se preferir, dos Cavaleiros Templários, sob a orientação de D. Frei Pedro Arnaldo, cavaleiro templário e um dos fundadores da Ordem. Em meados do Século XIII passou a assumir as funções de Capela Real, estatuto que manteve até 1834 aquando a extinção das ordens religiosas.
A sua aparência atual é fruto de intervenções levadas a cabo entre o início do século XVII e finais de século XVIII, que contribuíram para descaraterização da sua arquitetura, sendo que na atualidade difícil dizer qual o estilo de construção original. Sabe-se apenas que ao longo de décadas de existência terá passado por várias remodelações que lhe alteraram estética. Embora de espaço pouco amplo, esta é uma igreja de três naves divididas por arcos de volta perfeita. No tramo mais próximo da capela mor, ainda são visíveis nos capitéis dos pilares duas versões decorativas que terão existido anteriormente.
Na fachada principal desta igreja destaca-se o alpendre do tipo rural, com arco principal em forma de asa de cesto (arco abatido…?), encimado por uma lápide alusiva à fundação do templo e uma janela de verga reta. O interior lindíssimo, de decoração maioritária em tons de rosa, contrasta com a simplicidade do altar mor, que acredito outrora tenha sido ricamente decorado com pinturas semelhantes às que existem no altar mor de outras igrejas da cidade.
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Agradecimentos
Agradecemos à senhora Susana Lopes – Técnica Superior nos Serviços Municipais de Santarém, pela simpatia no envio das imagens solicitadas, as quais não pudemos obter em alguns dos espaços visitados por se encontrarem em obras de requalificação. Muito bem haja.
José Alexandre e Maria Adelaide
Localização e como chegar
Santarém fica a meio de Portugal, encostada à margem direita do rio Tejo e a 80km da cidade capital. Partindo de Lisboa a forma mais fácil é seguir pela autoestrada A1 saindo em Santarém. Em termos de transporte tem como opção a rede de expressos e a linha do caminho de ferro, a linha do norte, que faz a ligação entre Lisboa e Porto, a segunda cidade do País.
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Quando andamos por Santarém ficamos alojados na Villa Graça, lugar sossegado e com boas acomodações, inclusive serviço de cozinha.
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Com ambiente mais rural tem a Quinta dos Anjos, e a Quinta da Gafaria, por serem rurais encontram-se fora da malha urbana da cidade, mas ambos bem classificados.
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Bem Haja…