Cascata do Candal – Serra da Lousã
Candal é uma das mais bonitas Aldeias de Xisto da Serra da Lousã e por isso uma das mais visitadas, localizada no município da Lousã, junto à estrada nacional N236 que liga Lousã a Castanheira de Pêra, com passagem pelas proximidades do ponto mais alto da Serra da Lousã, o Alto do Trevim, local onde se encontra um baloiço com o mesmo nome. Acreditamos esta ser uma das cascatas mais bonitas do país, apesar de ainda ser desconhecida por muitos. Para ajudarmos a divulgar este ex-libris da Serra da Lousã decidimos dedicar-lhe este artigo, apesar de já existir informação diversa a respeito.
(tocar nas imagens agrupadas para ampliar)
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Conteúdos deste artigo
- Origem de Candal e seus encantos
- Dicas para visitar a cascata do Candal
- Quando visitar Candal e a cascata
- Localização e como chegar
- Outros locais de visita próximos de Candal
- Onde ficar alojado
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Origem de Candal e seus encantos
Acredita-se que a fixação de pessoas nesta aldeia tenha ocorrido a partir de meados do século XVII. Até então era uma aldeia com ocupação sazonal e na sua origem estará a pastorícia, à qual posteriormente se veio juntar a agricultura de subsistência. Beneficiando de bons acessos, Candal é uma aldeia que encanta e por isso se encontra incluída no Sítio de Importância Comunitária Serra da Lousã – Rede Natura 2000.
Além das suas casinhas em xisto, na encosta desta localidade desce uma ribeira que atravessa a aldeia, à qual Candal deu o nome (Ribeira de Candal) cujas caraterísticas muito contribuem para a continuidade da atividade turística existente por aqui, nomeadamente uma maravilhosa cascata que se encontra “escondida” entre penhascos e falésias, localizada a poucas centenas de metros a jusante da aldeia.
Numa visita a esta localidade, descer estes penhascos e visitar também a cascata é algo que deve constar no seu roteiro, mas o caminho não é de fácil acesso. Chama-lo de “caminho de cabras” será a melhor forma de o caraterizar, porque em tudo se assemelha, mas verá o esforço recompensado ao avistar esta majestosa queda de água com cerca de 30 metros de altura que se reparte em duas zonas principais.
O percurso de acesso à cascata começa logo após terminar a curva da estrada que atravessa a ribeira, seguindo a estrada no sentido ascendente. Ao iniciar o percurso a ribeira encontra-se à direita, irá atravessa-la um pouco mais abaixo. Na outra margem o caminho mantém-se fácil, mas começa a ser necessário ir atento às marcações. Durante a primeira metade do percurso a caminhada é fácil, é na segunda metade que a “coisa” muda de figura.
Ao longo do percurso é possível encontrar alguns abrigos outrora usados durante a pastorícia, alguns deles bem próximos ao inicio da cascata, mas a grande maioria já em ruínas. Para os ver terá de sair algumas vezes do trilho. Mais abaixo irá encontrar um tipo de escadas cuja forma é no mínimo curiosa e certamente conhecida por muito poucos. Pedras planas e de baixo perfil, cravadas nos muros que sustentam alguns palmos de terra, serviam de escadaria para subir ou descer quando estes socalcos eram cultivados.
É por esta altura que o som da água a cair se torna mais audível e começa a avistar a cascata entre a vegetação. A curiosidade eleva-se e com ela aumenta a vontade de chegar rápido lá abaixo, até que finalmente vislumbra esta maravilha da natureza.
Candal é hoje uma aldeia muito visitada, mas com poucos habitantes, sendo por isso a localidade ideal para se instalar e passar um fim de semana em harmonia com a natureza, isolado da azáfama e do stress diário vivido na cidade, afastado/a da atividade profissional. É também o local ideal para se instalar quando decidir fazer uma visita a esta serra visando conhecer alguns dos seus encantos, e a serra da Lousã tem tanto para descobrir que quinze dias são insuficientes.
Dicas para visitar a cascata do Candal
Para visitar a cascata do Candal deve dar relevante importância ao calçado, de preferência que tenha boa aderência e seja adequado para andar em caminhos sinuosos. Partindo do centro de Candal, a segunda metade do caminho é complicada mas o percurso é curto, não sendo por isso necessário levar mais nada além do equipamento para registo fotográfico.
Quando visitar Candal e a cascata
Visitar Candal e as outras aldeias de xisto nas proximidades não requer uma data específica, o mesmo não se pode dizer sobre a cascata. No verão não será a altura mais adequada, a ausência de água tira-lhe o encanto. Os meses de outono até ao fim da primavera são os ideais, no entanto deve evitar fazê-lo após chover, o caminho fica escorregadio e acrescenta algum risco ao percurso. A nossa recomendação vai para a segunda quinzena de outubro, a data mais coincidente com as cores de outono nesta zona. Outra data não menos importante é pela altura da Brama dos Veados, que coincide mais ou menos com o outono.
Localização e como chegar
Candal fica a 35 quilómetros de Coimbra, a cidade que deve ter como primeira referência. Uma vez aqui, coloque no GPS Lousã, sede do município a que pertence, e posteriormente Candal, a aldeia de xisto. Esta será a melhor forma de chegar.
Outros locais de visita próximos de Candal
- Consulte este artigo sobre os passadiços da Ribeira das Quelhas, ficam aqui pertinho, no outro lado da serra.
- Se gosta de praias fluviais consulte este artigo, ficam próximas do IC8 e foram criteriosamente selecionadas por nós.
- Uma das praias fluviais anteriormente referidas encontra-se em Oleiros, veja aqui um pouco do que pode ver e fazer por lá.
Onde ficar alojado
- Candal dispõe de vários alojamentos locais, entre em Booking.com e selecione você mesmo de acordo com a sua preferência.
- E porque os imprevistos acontecem, faça um seguro de viagem antes de viajar. Use este link e obtenha 5% de desconto.
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