Visitar Figueira da Foz

Figueira da Foz é uma cidade portuária do distrito de Coimbra, localizada no sopé da serra da Boa Viagem na metade norte da Costa de Prata, a duas horas e meia de viagem de Lisboa e a duas horas do Porto, no local onde desagua o rio Mondego que é na íntegra o maior rio de Portugal. Nasce na serra da Estrela e vem desaguar no mar junto a esta cidade, depois descer a serra e ser fonte de energia em várias infraestruturas, depois de irrigar milheirais e alagar arrozais, em planícies conhecidas por “terras do baixo Mondego”.

Coreto do Jardim Municipal

Conteúdos deste artigo

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Algumas anotações sobre Figueira da Foz

A sua localização geográfica levou à existência de vários acontecimentos que marcaram a sua história e as suas gentes, como foi o caso da pirataria e das invasões francesas, as quais justificaram a os fortes aqui existentes e outros dispersos pela costa portuguesa. Elevada a vila em 1771 e à condição de cidade em 1882, Figueira da Foz viu o seu progresso impulsionado pela aristocracia portuguesa e espanhola, numa altura em que o nível de vida das suas gentes era mais caraterístico da burguesia, tempos em que aconteciam reformas nacionais que impulsionaram o crescimento da economia ao nível da arquitetura, indústria e laser.

Praça Luís de Camões

Figueira da Foz é uma cidade que acompanha as tendências europeias, estando empenhada em criar boas condições de vida tanto para residentes como para visitantes. Durante a guerra civil espanhola serviu de retiro para cidadãos do país vizinho e, uma década mais tarde, acolheu refugiados Europeus em fuga da perseguição nazi. Esta cidade portuária tem no rio Mondego uma das suas mais valias, tendo sido durante décadas a principal entrada e saída de mercadorias para uma vasta zona de território nacional, continuando ainda hoje a ser uma referência no transporte de mercadorias por via marítima. Com zona ribeirinha e praias distintas, não devemos excluir a serra com a sua diversidade arbórea e vegetativa, dando abrigo a fauna e flora também ela diversa. Figueira da Foz é também palco para os mais variados eventos, sejam eles radicais, culturais ou de animação, tanto diurna como noturna. Passadas décadas dos seus tempos áureos, esta cidade continua a fervilhar de vida, cultura e modernidade.

Vista a partir da Serra da Boa Viagem

Com zonas ribeirinhas, praia, serra, história, cultura, gastronomia… e diversão, esta é uma cidade que a todos agrada e a todos encanta. É detentora do maior areal de veraneio urbano da Europa, mas em Figueira da Foz há muito mais para usufruir além das praias. Ao visitar esta cidade verá que é difícil conseguir limitar-se apenas à malha urbana, existem outros locais de interesse na periferia que são tão ou mais atrativos que a própria cidade, como são a Rota das Salinas, Rota dos Arrozais, ou mesmo subir à serra e apreciar as vistas deslumbrantes sobre a cidade e oceano Atlântico, ou ainda, percorrer a icónica estrada de “enforca cães”, o nome parece temeroso e arrepiante, mas é um percurso maravilhoso e aliciante, apesar de pequeno. Por isso venha com tempo disponível, pelo menos três dias, não vai arrepender-se nem dar o tempo por perdido.

Fauna no Paul do Taipal

Quando visitar a Figueira da Foz

Se numa visita a esta cidade não dispensar a praia e uns banhos de sol, os meses de veraneio são a altura certa para visitar Figueira da Foz, não devemos esquecer que esta cidade já foi considerada a rainha das praias do litoral. Se dispensar a toalha na areia, ficará com um vasto calendário para uma visita a esta cidade e toda a sua envolvência. Tenha em conta que nos meses de inverno alguns percursos pedestres que existem por aqui podem ficar condicionados, como por exemplo a rota dos arrozais ou mesmo a rota das salinas, esta última um percurso pequeno e com nível de esforço baixo, mas onde poderá avistar avifauna diversa e alguma colónia de flamingos, como foi o nosso caso numa das vezes que nos deslocamos à Figueira da Foz (outubro de 2021).

Flamingos na Morraceira – Figueira da Foz

O que ver e fazer na Figueira da Foz


Estrada nacional N111

Logo à entrada da cidade, o pórtico sobreposto no elo de ligação à nacional N109 parece dar as boas vindas a quem chega. Abeiramo-nos do rio onde e na rotunda em que acabamos de entrar tem início a estrada nacional N111, já descrita neste blog. Não é uma estrada longa nem icónica, mas rica no conjunto do que encontra na sua proximidade, uma roadtrip a não perder.

Fauna – Colhereiro Europeu junto da EN111 – Maiorca

Passos do Concelho e Pelourinho

A medida que caminhamos pela marginal vão saltando à vista os atrativos, e a curiosidade eleva-se. Seguimos em direção ao Forte de Santa Catarina com a constante presença da malha urbana à nossa direita, a vontade de enveredar pelas ruas da cidade aumenta a cada passo que damos. Pela marginal surge o edifício dos Passos do Concelho, de aparência robusta e fachada imponente, construído em finais do século XIX para a utilização que ainda mantém na atualidade. É um edifício de planta retangular e arquitetura funcional, com destaque para a sala nobre no interior, cuja decoração é da autoria de Ernesto Korrodi.

Edifício dos Passos do Concelho

Na continuidade do percurso acabamos por passar pelo largo Luís de Camões, o mesmo onde se encontra a estátua aos mortos da grande guerra e o pelourinho, este último assente em soco quadrangular de cinco degraus, com o corpo do pelourinho constituído por base galbada em pedra lioz rosa sobre a qual se eleva uma elegante coluna salomónica, rematada por capitel corinto com o escudo nacional numa das faces.

Pelourinho da Figueira da Foz

Casa do Paço da Figueira da Foz

Alguns metros mais adiante encontramos a Casa do Paço, que na decoração interior alberga uma das maiores coleções de azulejos holandeses de figura avulsa, produzidos no início do século XVIII. Desconhece-se quais motivos da sua proveniência embora uma das versões aponte para a recuperação da carga de um navio holandês que terá naufragado junto à foz do rio, em 1706 (?). Quando nos deslocamos à Figueira da Foz com intenção de fazer visita a este espaço, o mesmo encontrava-se fechado devido a preparativos para uma exposição que iria decorrer nos dias seguintes. Segundo informações virtuais sabe-se que as figuras destes azulejos estão agrupadas em três temas: paisagens, cavaleiros e temas bíblicos.

Casa do Paço – Figueira da Foz
Créditos desta imagem: Mauro Correia – Câmara Municipal da Figueira da Foz

Mercado Municipal Engenheiro Silva

Visitar mercados não é propriamente a nossa onda por acreditarmos existir locais de interesse mais relevante, mas ao passarmos em frente a este, quando olhamos para dentro acabamos rendidos. Classificado como imóvel de interesse municipal, o mercado Engenheiro Silva foi inaugurado a 24 de junho de 1892, precisamente no dia de S. João. Possui área considerável e é composto por um grande pátio central coberto por estrutura em ferro, construída segundo as mais modernas técnicas da época. Este tipo de estrutura integra-se na ampla corrente da “arquitetura do ferro”, que abrangeu todo o território nacional e internacional durante a 2ª metade do séc. XIX e início do séc. XX. Apesar dos sucessivos melhoramentos continua a manter o traçado original, tal como o colorido das suas bancas e o eco dos pregões das peixeiras.

Forte de Santa Catarina

Construído para reforçar a defesa da foz do Mondego, o forte de Santa Catarina apresenta estrutura de planta triangular e meio baluarte. Encontra-se localizado no vértice do angulo reto formado pela malha urbana, onde termina a margem do rio e começa a marginal com o mar, zona onde junto ao rio inicia também o molhe norte da foz do Mondego. O pequeno pátio desta fortaleza alberga a capela dedicada a Sta. Catarina, neste conjunto histórico e emblemático para a cidade.

Arquitetura e decoração urbanística

Quando começamos a caminhar pela cidade depressa nos apercebemos que boa parte da arquitetura do seu casario mais antigo será eventualmente da era maneirista ou moderna (?). Algum reconstruído e colorido com as cores que eventualmente teria durante o seu tempo de atividade, outro a necessitar de reconstrução. Na decoração de algumas fachadas não é difícil perceber a forte presença da arte nova, embora esta não seja uma das cidades onde esta arte se manifestou com mais intensidade. Por todos estes motivos sinta-se à vontade em olhar para cima e apreciar as fachadas do casario, principalmente a arquitetura do mais antigo, património urbanístico que devia e deve continuar a ser preservado.

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Casino da Figueira da Foz

No coração do Bairro Novo situa-se o Casino Figueira, para muitos o Casino da Figueira da Foz, o mais antigo da Península Ibérica. Em tempos idos foi “Theatro-circo Saraiva de Carvalho”, construído em 1884, passando a ser Casino Peninsular no virar do século. Encontra-se ao lado do ex. Casino Oceano, atualmente requalificado e transformado em zona de artesanato. Este último foi construído em 1898 para funcionar como equipamento de laser e atração turística ao estilo da “belle époque”. Passou recentemente por obras de recuperação que lhe deram o aspeto com que o vemos hoje. O casino atual também sofreu remodelações, numa das quais a aplicação exterior de vidro onde antes era mármore. Este casino é o mais antigo de toda da península Ibérica e já conta com licença de jogos em vigor desde 1927.

Antigo Casino Oceano – Figueira da Foz

Posto de turismo da Figueira da Foz

Aqui bem perto do Forte de Sta. Catarina encontra-se o posto de Turismo, instalado no icónico e restaurado Castelo Engenheiro Silva junto à esplanada António da Silva Guimarães. Além de disponibilizar apoio informativo ao visitante, neste novo espaço situa-se também o núcleo de arte contemporânea Laranjeira Santos e uma sala de exposições temporárias. No posto de turismo podem também ser adquiridos alguns produtos locais, como por ex. o sal tradicional das salinas da Figueira da Foz.

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Caminhar pela Marginal em direção a Buarcos

Caminhar pela marginal da cidade até chegar a Buarcos é uma iniciativa enriquecedora a não perder. A juntar ao exercício físico esta é uma das melhores formas de desfrutar da paisagem, com o aroma constante da brisa marítima. É um percurso que fizemos e por isso o recomendamos, por entendermos ser uma excelente forma de conhecer visualmente a cidade mais de perto, podendo enveredar pela rua que entender sempre que assim o desejar. Ao longo da caminhada os atrativos são diversos.

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Marina da Figueira da Foz

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Cirandar pelas ruas de Buarcos

Acima de tudo nos fins de semana soalheiros mas também durante a época alta, a vila de Buarcos carateriza-se pelo charme especial com que recebe quem a visita. Esta vila, que foi sede de concelho até 1836, convida os visitantes a explorar os seus becos e as suas ruelas por entre o denso casario, ou a sua avenida atlântica com generosas vistas para a baía oceânica. Perca-se no colorido das suas ruas onde encontrará joias como: o Teatro Trindade, a Igreja de São Pedro, a Igreja da Misericórdia ou o Núcleo Museológico do Mar(*). Por fim reconforte-se numa pausa saudável em alguma das muitas esplanadas urbanas enquanto o sol se esconde para lá do horizonte.

(*) o Núcleo Museológico do Mar, no horário de inverno, aos fins de semana abre apenas no último sábado de cada mês.

Buarcos
Igreja Paroquial de São Pedro
Bairro em Buarcos

Fortaleza de Buarcos

As caraterísticas da enseada de Buarcos e a facilidade de desembarque que proporciona fizeram desta zona um ancoradouro privilegiado, tanto para o desembarque e embarque comercial, como para as investidas de invasores, pirataria e armadas inimigas. O forte de Buarcos fazia parte de um sistema de proteção da enseada, defendia a região com o apoio do Fortim de Palheiros e o Forte de Santa Catarina. Longe de ser uma fortaleza, foi construído como uma linha fortificada ao longo de quase 700 metros, protegendo a população dos ataques vindos do mar. Nele encontramos três baluartes de traçado e dimensões diferentes, dois deles em forma pentagonal e um quadrangular.

O acesso à povoação era feito por duas poternas rasgadas na muralha, ainda hoje bem visíveis embora uma das quais obstruída. Atualmente o forte emoldura simbolicamente o casario que em épocas remotas protegeu, conferindo a Buarcos um inegável testemunho da importância e prestígio que lhe foram atribuídos.

Miradouro do Cabo Mondego

O Miradouro do Cabo Mondego, em Buarcos, brinda-nos com vistas panorâmicas para a cidade, mar e costa portuguesa. Para chegar até ao miradouro basta seguir a marginal em direção à serra ou à Murtinheira (Quiaios). Junto ao miradouro existe uma pequena zona de estacionamento mas a berma da estrada também o permite, o que facilita a possibilidade de permanecer por lá durante algum tempo enquanto desfruta da vista maravilhosa que proporciona.

Serra da Boa Viagem – Miradouro da Bandeira e Farol do Cabo Mondego

Localizado na zona extrema norte do cume da serra da Boa Viagem, a partir deste miradouro avistam-se todas as praias que se estendem desde o cabo Mondego até Mira. O longo fio de areia que se estende para norte é acompanhado por uma zona florestal que prolifera em terras pouco produtivas, conhecidas por Gândara(*). Este miradouro é considerado um dos mais bonitos da costa portuguesa. Diz quem sabe que este miradouro deve o seu nome ao tempo em que a serra era ponto de vigilância sobre o oceano. Sempre que se avistava um navio pirata ou desconhecido na zona sul do Cabo Mondego, era aqui hasteada uma bandeira para avisar todos os portos a norte da Boa Viagem.

(*) Veja aqui mais alguma informação sobre o Território Gandarês

A localização inicial do farol do Cabo Mondego era um pouco mais para sul, mas por má visibilidade, ou interesses relacionados com uma empresa exploradora de minas (?), o farol acabou por ser demolido e construído este mais a norte. Entrou em funcionamento em 1857 e ao logo da sua atividade passou por várias melhorias, começou por funcionar a azeite, mais tarde petróleo, acabando atualmente ligado à rede elétrica nacional. Encontra-se classificado como imóvel de interesse municipal desde junho de 2004

Igreja de S. Julião (igreja Matriz)

Sede da Paróquia da Figueira da Foz, a Igreja de S. Julião terá sido o templo mais antigo da cidade, acreditando-se que Figueira da Foz tenha tido origem do aglomerado de casas construídas na envolvência da primitiva igreja, num local então denominado de S. Julião da Foz do Mondego. A atual igreja data de 1716, com melhoramentos nas décadas seguintes e intervenções recentes de conservação. Na atualidade continua a manter atividade litúrgica.

Estatuária e obras de arte pública

Admirar a estatuária na Figueira da Foz é uma forma de se ligar à cultura e a história da cidade. Enquanto percorre as ruas e espaços públicos desta cidade vai encontrar um número significativo de obras de arte exposto. Cada uma tem a sua história para contar. Tal como noutras cidades, estas estátuas e obras de arte foram criadas para assinalar eventos importantes, homenagear figuras ilustres, profissões ou mesmo tradições locais. Estas obras não só embelezam o espaço público e urbano, como permitem ao cidadão enriquecer a sua cultura.

Coliseu da Figueira da Foz

Construído em 1895, o coliseu da Figueira da Foz é um marco da tradição tauromáquica figueirense e uma das mais belas praças do país, apesar de um tanto pequena (opinião do autor deste blog). Além de eventos taurinos acolhe também diversos eventos culturais, desportivos e festivos, não esquecendo a festa dos estudantes de Coimbra, “A Queima das Fitas”, que tradicionalmente ali realiza a famosa “garraiada”.

Palácio Sotto Mayor

Após o coliseu e, na continuidade da rua Joaquim Sotto Mayor, irá chegar ao palácio com o mesmo nome, uma luxuosa vivenda de estilo francês do início do século XX que foi mandada edificar por Joaquim Sotto Mayor, sendo considerado hoje o edifício residencial mais imponente da cidade figueirense. Encontra-se rodeado de amplos jardins verdes e a sua decoração interior contou com a colaboração dos melhores artistas da época, apresentando uma extraordinária coleção de mobiliário, pintura e artes decorativas. Na atualidade o edifício é propriedade de uma empresa privada, abrindo para visitas guiadas a partir do mês de abril nos dias de sexta e sábado, das 10 às 13h e das 14 às 18h. A visita tem o custo de 5€ por adulto, as crianças até aos 12 anos não pagam.

Palácio Sotto Mayor – edifício principal

Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz (CAE)

O centro de artes e espetáculos da Figueira da Foz é uma das mais emblemáticas infraestruturas culturais da cidade. Este espaço multifacetado tem como missão promover a diversidade e a excelência artística, acolhendo espetáculos de teatro, música, dança, cinema e exposições. Com arquitetura arrojada mas funcional, dispõe de um grande átrio aberto ao público com algumas esculturas no interior. O edifício conta ainda com sala de espetáculos, um auditório, cinema, várias salas de exposições, bem como uma livraria e outros espaços culturais. À data encontrava-se maioritariamente preenchido por imagens relacionadas com as comemorações dos 50 anos do 25 de abril. Dispõe de vista privilegiada sobre o Parque das Abadias.

Centro de Artes e Espetáculos – Figueira da Foz

Vaguear pelas ruas da Figueira da Foz

Quando andamos um pouco à deriva ou sem rumo certo, costumamos vaguear um pouco pelas ruas da localidade visitada e apreciar o que vamos encontrando, acima de tudo o que mais se destaca e nos “salta” à vista. Por norma isso acontece já mais para o fim da visita, quando a hora de regresso se aproxima, mas esta cidade surpreendeu-nos. Ali bem perto do posto de turismo avista-se o relógio de sol, com informação atualizada das horas para todos os que circulam pela marginal. Não muito longe dali a roda gigante, à data da visita nos últimos preparativos para a época de veraneio que se avizinha. Seguem-se outras imagens de lugares dispersos pelo interior da cidade.

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Esplanada Silva Guimarães
na rua da Liberdade
na rua Maestro David de Sousa

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na rua Engenheiro Silva

A arte nova presente em ambos os gradeamentos ilustrados nas imagens anteriores.

…e também uma balança e máquina registadora de alguns anos atrás que fomos encontrar no café Império, local onde almoçamos.

Desportos náuticos no Cabedelo – Surf

Com o clima a manter-se encoberto e o sol a mostrar-se tímido, ou envergonhado, seguimos em direção à praia do Cabedelo. Para o lado do rio, na outra margem o relógio de sol e o cais das embarcações de recreio. A praia do Cabedelinho encontrava-se logo ali ao lado, seguida do pontão do Cabedelo, local privilegiado para ver os surfistas em busca de adrenalina. À data da visita eram surfistas maioritariamente Holandeses e Alemães num encontro que ocorre todos os anos nesta praia, o “Gliding Barnacles”, atraindo visitantes de todo o mundo que vivem e celebram a cultura e o estilo de vida do surf.. Difícil passar despercebida a quantidade de sofás velhos, possivelmente retirados das imediações dos contentores do lixo, servindo de “poltrona” aos visitantes dispersos ao longo do molhe.

Cabedelo – Molhe sul da foz do Mondego

Varina da Cova Gala (varinas de S. Pedro)

Em homenagem às varinas de S. Pedro foi erguida um monumento evocativo na rotunda junto ao Hospital da Figueira da Foz. Algumas varinas dizem identificar-se com a estátua, que perpetua a imagem da “mulher do pescador”, apesar de as varinas já não andarem com canastras à cabeça”.

As peixeiras recordam com saudade os tempos outrora difíceis. “Andávamos a pé a vender o pescado e nem sempre conseguíamos regressar com ele todo vendido. Era uma vida difícil”, recorda Maria José, 79 anos. “É uma homenagem bonita que fazem à gente, com esta estátua”, rematou.

Fonte: Jornal de Notícias

Vila da Costa de Lavos

Continuando em direção a sul vamos agora até à Costa de Lavos, uma aldeia de pescadores da Arte-Xávega que aqui praticam este tipo de pesca artesanal. Quando visitar esta aldeia não deixe de entrar no bar da Associação dos Pescadores e conhecer estas gentes e a sua atividade piscatória. Veja também a taberna-museu situada nas traseiras do café atual, verá como era um “café” de pescadores no século XX. Do lado esquerdo encontra duas casas em madeira que mostram como eram as casas dos pescadores desta localidade há alguns anos.

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Núcleo Museológico do sal

O núcleo museológico do sal é um dos pontos de visita a não perder aquando uma visita à Figueira da Foz. Neste local pode ficar a conhecer o processo salineiro artesanal, a importância do sal e as etapas necessárias à sua produção. À data não foi possível ver o armazém onde se guarda o sal por se encontrar em obras, no entanto fica uma imagem de como era anteriormente.

Salinas do corredor da cobra

Durante a sua visita recomendo que aproveite para fazer o percurso pedestre circular conhecido por rota das salinas. São pouco mais de 4km que o irá levar a conhecer a bonita paisagem desta zona conhecida por Morraceira, e observar a avifauna que aí encontra. Recomendo que vá atento e não muito “ruidoso”. Ao longo do percurso poderá encontrar alguns flamingos em numero generoso, possivelmente mais ao final do dia ou logo pela manhã.

Lagoas da Morraceira

Por do sol na Morraceira.

Pequeno vídeo sobre a estrada atlântica “Enforca Cães”

Segundo pesquisa virtual, em tempos antigos esta era a zona onde abatiam os cães sempre que estes apanhavam alguma doença perigosa e de possível contágio ao ser humano. Terá sido essa a razão pela qual deram este nome à estrada, no entanto é uma estrada maravilhosa com vista deslumbrante sobre o mar, um pequeno passo entre Buarcos e Murtinheira, em Quiaios, uma estrada a não perder quando visitar Figueira da Foz. São meia dúzia de quilómetros de encanto…

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Se precisar de alojamento quando visitar Figueira da Foz deixamos as seguintes recomendações:

  • Bacharéis Charming House, onde a decoração e o conforto se destacam e igualmente perto da marginal com o rio, tal como o anterior.
  • EXE Wellington, com valores mais medianos e igualmente próximo da marginal, neste caso marginal com o mar.
  • Fonte da Foz, onde o requinte e o luxo marcam presença, num edifício que ainda conserva a fachada ao estilo da arte-nova.
  • Costa de Prata Hotel, localizado no vértice da cidade, onde acaba o rio e começa a costa marítima, igualmente junto da esplanada Silva Guimarães.
  • THE FOZ Beach Hotel, ideal para se manter em constante contacto com o aroma da brisa marinha, fica na marginal e virado para o mar.
  • Colina do Elétrico, com vistas maravilhosas para o mar, piscina e ambiente a puxar mais o rústico.
  • E porque não dormir num veleiro? Se essa for a sua escolha ou pretende viver essa experiência, tem o New Wave Best Place, localizado na marina e pontuado com 9,1 no Booking

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