Salvaterra de Magos

…pela Capital Nacional da Falcoaria

Localização e História

Salvaterra de Magos é uma linda vila ribatejana, rodeada por enormes e férteis campos agrícolas, alguns deles povoados por cavalos, um dos maiores bens da região…, que se encontra situada em pleno coração da lezíria ribatejana, na margem esquerda do rio Tejo. Com um passado longínquo, que remonta ao tempo da pré-história, Salvaterra de Magos veio a implementar-se e a desenvolver-se principalmente a partir da época medieval, em finais do século XIII. Nas décadas anteriores era já um espaço privilegiado de ocupação humana e de produção cerealífera, as margens irrigadas do rio Tejo, que ciclicamente transbordava, permitiam grande fertilidade dos solos agrícolas, que eram intensamente cultivados com cereais, muito consumidos no período medieval.

Edifício dos Passos do Concelho

A 1 de Junho de 1295, D. Dinis concede foral a Salvaterra de Magos, tendo este monarca ficado para a história como rei que mais forais outorgou. A sua política consistia em ocupar zonas despovoadas, concedendo aos novos moradores a possibilidade de desbravar e cultivar essas terras, bem como criar locais de culto, estando isso bem explicito no foral concedido a Salvaterra de Magos, onde desta forma surge a igreja matriz.

Com o rio Tejo a seus pés e localizada a meio caminho entre Lisboa e Santarém, Salvaterra de Magos possui enormes campos férteis, permitindo o desenvolvimento da agricultura e da criação de gado, duas atividades que ainda hoje marcam a vila.

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Conteúdos deste artigo

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Como chegar a Salvaterra de Magos

Chegar a Salvaterra de Magos não é difícil. Se vier da zona norte tem como principal opção vir direito ao Carregado e aí apanhar a A10, sai em Benavente, e daqui até Salvaterra é um saltinho. Caso não pretenda autoestrada, pode atravessar o Tejo na ponte Rainha D. Amélia e aproveitar para contemplar esta obra centenária, a mesma onde em tempos atravessava o comboio, fazendo a ligação entre o norte e o sul.

Vindo da zona sul tem a A13 como principal opção, e sair em Salvaterra, ou se preferir a nacional N114-3, que faz a ligação entre Coruche e Salvaterra de Magos.

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Dicas de visita para Salvaterra de Magos

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Ponte Rainha D. Amélia

Atravessando a lezíria ribatejana a partir do Cartaxo, seguindo por estradas nacionais, ira ser encaminhado até à ponte Rainha D. Amélia, onde poderá fazer a travessia do rio Tejo. Esta é uma antiga ponte ferroviária, convertida em 2001 para uso rodoviário. É considerada uma obra de engenharia notável, tendo sido inaugurada a 14 de janeiro de 1904 pelo Rei D. Carlos.

Esta ponte foi construída em Porto de Muge, (Valada) para fazer a ligação ferroviária e pedonal entre as duas margens do rio Tejo. A Rainha D. Amélia atravessou-a pela primeira vez a 28 de janeiro de 1904, quando se deslocou para Vila Viçosa com o seu marido, o Rei D. Carlos. Com a desativação da circulação ferroviária sobre esta ponte, (passando a ser efetuada por uma outra construída a montante do rio e à mesma cota), em agosto de 2001 foi alvo de obras e convertida para tráfego rodoviário, tornando-se numa das mais importantes vias de comunicação entre os concelhos do Cartaxo e de Salvaterra de Magos.

Atualmente esta ponte faz a ligação rodoviária de Muge ao porto de Muge, bem como à localidade de Valada, que antes desta ligação, ficava frequentemente isolada em períodos de cheia. Em ambos extremos existe sinalização indicadora com limite dimensional e peso máximo permitido sobre o tabuleiro. Se conduz viatura que não se enquadre nos limites estabelecidos por esta sinalização, recomendo que procure outras opções para efetuar a travessia do Tejo.

Na altura em que foi construída, a Ponte Rainha D. Amélia foi considerada a mais extensa da Península Ibérica para o caminho de ferro. O seu autor foi elogiado pelo Conselho Técnico de Obras Públicas, devido à perfeição com que elaborou o projeto. Na atualidade, atravessar esta ponte e percorrer o “túnel” formado pela armação de ferro com seus extensos 840 metros, é uma sensação única.

Praça de Touros de Salvaterra de Magos

As tradições taurinas de Salvaterra de Magos são já bem antigas, com a realização de corridas de touros documentadas desde o século XVII. Até meados do século XIX os espetáculos tauromáquicos decorriam em Praças construídas em madeira e amovíveis, passando posteriormente a decorrer em Praças de madeira permanentes.

Após a inauguração em 1918 da Praça de Touros de Benavente, um grupo de aficionados da tauromaquia decidiu que Salvaterra de Magos não deveria ficar atrás do concelho vizinho, como tal, impunha-se a construção de uma nova Praça permanente e em alvenaria. Inaugurada em 1920, a praça de touros de Salvaterra de magos é ainda hoje uma das Praças com mais espetáculos tauromáquicos ao longo do ano. Uma das mais célebres páginas da nossa literatura tauromáquica é “A última Corrida de Touros em Salvaterra de Magos”, imortalizada por Rebelo da Silva, nos seus Contos e Lendas.

Situada à entrada da vila, junto à estrada nacional N118, é um cartão de visita para todos os “aficionados”. O edifício é de estilo clássico, de planta circular e com bancadas corridas. Frente à entrada da praça, no centro da rotunda encontra-se um conjunto de duas esculturas de grandes dimensões, forjado em bronze, que consta de um campino a cavalo a impor uma varada a um touro, um verdadeiro ex-libris taurino da vila de Salvaterra de magos.

Episódio taurino histórico

No século XVIII, durante o reinado de D. José I, em Salvaterra de Magos ocorreu um relevante episódio taurino que ficou para a história. Nesse tempo a Família Real tinha um Palácio de veraneio em Salvaterra de Magos, o Paço Real, para onde anualmente se dirigia para, juntamente com a Corte, se dedicar à caça, a passeios campestres e também à tauromaquia.

Durante uma Corrida Real realizada em 1762 na praça principal da vila, estando presentes o Rei, a Rainha, a restante Família Real, o Marquês de Pombal e grande parte da corte, na arena deu-se um acidente que veio a revelar-se fatal para o Conde dos Arcos. Este fidalgo integrava a corrida como cavaleiro. Durante a sua primeira lide o touro, de grandes dimensões e bravura, colheu e trespassou o cavalo, provocando a sua queda e a do cavaleiro, que ficou ferido numa perna e impossibilitado de se levantar. Em seguida arremessou e trespassou o cavaleiro na barriga, matando-o de imediato. Na assistência estava presente o Marquês de Marialva, pai do Conde dos Arcos, que ao ver aquele triste acontecimento, desceu à arena disposto a arriscar a vida para matar o touro com a sua própria espada. Temendo mais outra morte, vários fidalgos tentaram demovê-lo e, o próprio Rei D. José I ordenou que desistisse de tão temerária atitude, mas o velho fidalgo replicou:

-El-Rei manda nos vivos e eu vou morrer!

O Marquês de Marialva, emocionado, mas destemido, acabou por estoquear e matar o touro, vingando a morte do filho.

O Marquês de Pombal proferiu então uma frase célebre:

-Portugal precisa de fidalgos para a Guerra, não pode perdê-los na arena.

O Rei D. José I, impressionado, disse então: Foi a última corrida, Ministro. A morte do Conde dos Arcos acabou com os touros reais enquanto eu reinar.

E assim sucedeu, durante o reinado de D. José I nunca mais se realizaram corridas de touros em Salvaterra Magos. Mas a população da vila não se conformou com tal restrição, e após a morte do Rei, em 1777, as corridas de touros voltaram e assim se mantém até hoje.

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Falcoaria Real

Para quem tem a semana preenchida pela atividade profissional e apenas dispõe dos fins de semana para alguma atividade ligada ao lazer, acaba por sofrer algumas limitações impostas pelos horários, bem como pelos dias de abertura de alguns espaços nas localidades visitadas. Sendo sábado e véspera de Páscoa, foi um privilégio encontrar este espaço aberto ao público, onde um staff atencioso e conhecedor da falcoaria, recebeu os visitantes com simpatia e profissionalismo, revelando-se incansável a responder a todas as perguntas colocadas ao longo da visita.

Considerada a mais nobre das artes cinegéticas, a falcoaria foi apanágio de imperadores, reis e príncipes de todo o mundo. A história da Falcoaria Real de Salvaterra está intimamente associada à história do Paço Real – a Casa de Campo da Coroa – que com o passar do tempo, transformou a nobre vila ribatejana num importante centro da vida social e artística da corte portuguesa. O período de maior ascensão da Falcoaria deu-se em 1752, com a chegada de uma dezena de falcoeiros holandeses para ensinar esta arte.

A caça foi desde sempre um dos passatempos prediletos da Família Real Portuguesa, facto que se reflete no seu calendário cinegético, que tinha uma duração aproximada de 8 a 9 meses por ano. Nesse calendário, as “jornadas de caça” em Salvaterra de Magos assumiam particular importância por decorrerem também nos meses de inverno, entre novembro e fevereiro.

Falcão Peneireiro – considerado o falcão mais pequeno do mundo

A proximidade com Lisboa e com o Rio Tejo, e as excelentes coutadas de caça, faziam com que em Salvaterra se reunissem as melhores condições para que a corte apreciasse em pleno uma das suas atividades favoritas: a caça. Motivos suficientes para que, no século XVIII, se construísse nesta vila a Falcoaria Real Portuguesa. A construção deste edifício, de arquitetura pombalina, apresenta influências das falcoarias holandesas de “Setecentos”

Falcoaria de Salvaterra de Magos

Esta autenticidade de ser exemplar único na Península Ibérica, fez com que o executivo municipal tivesse registado a marca “Salvaterra de Magos – Capital Nacional da Falcoaria”, ao mesmo tempo que liderava a candidatura apresentada à UNESCO, juntamente com a Universidade de Évora e a Associação Portuguesa de Falcoaria, sendo a partir daí reconhecida a prática da falcoaria em Portugal como Património Imaterial da Humanidade a 1 de Dezembro de 2016, em Adis Abeba, na Etiópia, estando também incluída no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

Falcão Gerifalte – Em oposição ao Peneireiro, este é considerado o maior do mundo

A fuga da Família Real portuguesa para o Brasil, devido às invasões francesas, foi considerada como ponto de partida para a degradação e decadência da falcoaria. Grande parte dos bens da Coroa foram vendidos em hasta pública, fazendo com que a Falcoaria perdesse as suas funções de origem. O processo de recuperação e valorização da Falcoaria Real começou há mais de 60 anos, quando este edifício foi classificado como Imóvel de Interesse público, obrigando a que o seu traçado arquitetónico fosse mantido.

Na década de 80 a câmara municipal conseguiu adquirir o edifício ao Conde de Monte Real, e em 2009 volta a abrir as suas portas, completamente recuperado, sendo agora também um espaço museológico que narra a importância da prática da falcoaria ao longo dos tempos, onde a história do próprio edifício da Falcoaria Real assume especial destaque.

Na falcoaria existem outras aves além de falcões. Nesta imagem uma águia

Este edifício recebe atualmente centenas de visitantes que aqui se deslocam para conhecer esta arte. O espaço dispõe ainda de uma exposição com conteúdos técnicos sobre a prática da falcoaria, onde o visitante tem constante acompanhamento de um falcoeiro, que lhe permitirá conhecer melhor as cerca de 30 aves de presa que fazem parte da Falcoaria Real. O Espaço dispõe ainda de um Centro de Documentação e de uma Galeria de Exposições temporárias.

Coruja

A visita à falcoaria é gratuita e nela pode ver diversas espécies de falcões bem como algumas outras aves de rapina, no entanto carece de marcação para melhor organização dos grupos visitantes pelo staff da falcoaria. Se lhe for permitida escolha de horário, recomendo as 11 horas da manhã, é a essa hora que costumam alimentar os falcões. No final poderá ter a possibilidade de assistir a uma demonstração de voo e caça.

Após demonstração de voo e caça, o falcão come a sua presa. As asas abertas são uma espécie de proteção da sua caçada. “A presa é minha, foi eu que cacei, aqui ninguém mexe”

Igreja de S. Paulo – Igreja Matriz

A igreja matriz, ou Igreja de S Paulo, encontra-se situada no centro da vila. Foi um dos espaços de culto construído no âmbito do foral que fora atribuído pelo rei D. Dinis a Salvaterra de Magos. Foi construída no ano de 1296 e quase destruída nos terramotos de 1705, e 1909.

É um edifício bem conservado, no qual se destaca na Capela-Mor o altar de talha dourada, decorado com uma tela do século XVI. No interior da igreja, a nave principal tem um teto de falsa abóbada, em madeira, com uma pintura representado o seu orago, São Paulo, elevando-se aos céus guardado por um grupo de anjos.

Fonte do Arneiro

Na zona denominada de “Arneiro”, foi edificada em 1711 (segundo a data inscrita na frontaria) a Fonte do Arneiro, que durante décadas abasteceu a população da vila. Em termos de caracterização arquitetónica, esta fonte revela um traçado simples, onde se destaca o teto abobadado, e a data da construção no frontão. A fonte tem duas bicas para captação de água, e o seu acesso é feito por uma escadaria em pedra lioz.

Em conjunto com o Celeiro da Vala Real, este terá sido um dos pontos de visita que mais desagradou, pelo facto da dita fonte se encontrar inacessível. Esta fonte atualmente encontra-se circundada por um gradeamento colocado a alguma distância, impedindo por completo o acesso dos visitantes. O acesso à fonte é possível apenas por um portão embutido no gradeamento, que à data da visita se encontrava fechado à chave, impedindo os visitantes de ver a fonte, ou até de saciar a sua sede.

  • Um dia alguém me disse que um copo de água, nunca se nega a ninguém!

A distância a que o gradeamento se encontra, impede inclusive que a fonte seja observada de longe, limitando o visitante ao som da água que cai das bicas, e a visualizar o resto da estrutura do pequeno edifício que é parte integrante da fonte.

Celeiro da Vala Real

Tal como a Fonte do Arneiro, este edifício, anunciado no cartaz dos pontos de interesse turístico para visitar em Salvaterra de Magos, à data da visita encontrava-se fechado. Era fim de semana e dia de Páscoa, acredito, no entanto, que se encontra fechado inclusive durante a semana, uma vez que o seu beirado se encontra densamente ocupado por ninhos de andorinhas, e a quantidade de dejetos no chão à volta do edifício era considerável.

Em 1998 o edifício foi adquirido pela Câmara Municipal, tendo-se iniciado a partir daí um processo moroso de recuperação, respeitando sempre a traça urbanística. Após a recuperação o município adotou este edifício para Espaço Cultural.

Pelo que foi possível observar e pelo que a fotografia mostra, atualmente o edifício aparenta estar um pouco degradado. No exterior do edifício, um nicho em mármore com um frontão triangular rematado por uma cruz em pedra, com a data de 1657, assinala um antigo passo da paixão de Cristo. Existe igual, ou semelhante, no exterior da Capela do Paço Real

Igreja da Misericórdia (capela da vala de Salvaterra de Magos)

A sua fundação remonta ao séc. XVII. É um templo de uma só nave, com o altar-mor em talha dourada, e ostentava no teto, até 1979, vários painéis representando as Obras da Misericórdia e os Passos da Vida de Nossa Senhora.

À data da visita não foi possível conhecer o seu interior por se encontrar fechada, a informação anteriormente descrita resulta de pesquisa virtual. Em termos de beleza arquitetónica consta-se o púlpito (?). Exteriormente encontra-se bem conservada e com pintura que aparenta ser recente.

Cais da Vala Real

Durante séculos, a Vala Real foi a principal via de comunicação de Salvaterra de Magos. No seu pequeno cais aportavam os reais bergantins, que partiam do Terreiro do Paço com a família real. A corte aclamou Salvaterra de Magos como um local único para as suas estadias, nesta vila tanto podiam assistir a grandes espetáculos de ópera e teatro, como participar em pomposas caçadas com falcões.

A Vala Real foi um dos mais importantes entrepostos comerciais do sul do país, daqui embarcavam e chegavam todos os tipos de mercadorias para Lisboa. O seu topónimo, “vala real”, deve-se às constantes deslocações da família real a Salvaterra de Magos. Com a construção da ponte em Vila Franca de Xira na década de 50, a vala real começou a perder o fulgor que tinha até então. Nas suas margens, entre choupos e salgueiros, hoje repousam pequenas embarcações de pesca, e no cais da vala outras tantas de recreio.

Junto ao cais da vala encontra-se a ponte da vala real, faz a travessia da linha de água quem vem do Paul de Magos e vai escoar ao Tejo. No imaginário popular, esta ponte é de origem romana, contudo este facto não é verdadeiro. Não existem certezas quando à data da sua construção, no entanto aponta-se que tenha sido no século XVII.

Casas Avieiras

Não muito longe daqui existem as casas avieiras de Salvaterra de Magos. Estas casas tinham como principal objetivo guardar os utensílios de pesca. Na atualidade algumas são usadas como espaço de exposição e venda de artigos locais, outras servem para guardar alguns apetrechos usados pela população mais idosa, que outrora fez delas uso durante a atividade piscatória e hoje por aqui repousam em grupo, convivendo entre amigos.

Junto ao cais da vala real, no antigo porto fluvial, (próximo das casas avieiras) encontra-se uma estatuária em homenagem aos marítimos de Salvaterra de Magos, pessoas que trabalhavam no trânsito fluvial, no transporte de mercadorias nas fragatas, varinos e botes. Este monumento relembra a identidade ribeirinha destes homens do Tejo.

Estátua de homenagem aos marítimos

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Largo dos combatentes – estátua de homenagem

No centro do Largo dos Combatentes, em Salvaterra de Magos, encontra-se o monumento estatuário de homenagem aos combatentes do concelho que tombaram na Primeira Guerra Mundial e na Guerra Colonial. A estátua retrata dois soldados, da Primeira Guerra e da Guerra Colonial, completando assim o monumento já existente que havia sido inaugurado em 2016, dando-lhe desta forma mais simbolismo.

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Bico da Goiva

No limite da vala real, onde esta se desagua no rio Tejo, existe um espaço de lazer denominado Bico da Goiva. É um local aprazível ideal para passar algum tempo em família.

Ali pode desfrutar de um parque de merendas à beira rio, com churrasqueira, mesas, e uma paisagem deslumbrante sobre o rio Tejo.

Tem também um balouço, com o Tejo como pano de fundo, que tanto pode deliciar os mais pequenos, como a faixa etária mais sénior.

Praia doce

A Praia Doce, como é conhecida em Salvaterra de Magos, ou a praia dos Tesos, como alguns ainda gostam de lhe chamar, foi requalificada em 2005, sendo agora considerada Praia Fluvial e Zona de Lazer. Fica a cerca de 70 Km de Lisboa, uma hora de carro, por isso muito procurada pelas pessoas ao fim de semana.

Uma das mais valias desta zona de laser é a sua zona de sombra, juntamente com o parque de merendas. É um espaço que reúne condições onde poderá fazer pequenos churrascos em família. Durante todos os fins de semana da época balnear, visto ser muito frequentada, costuma existir a permanência dos bombeiros voluntários, assegurando a segurança de todos. Este é um lugar perfeito para um passeio perto do rio.

Parque de merendas da praia doce

Capela do antigo Paço Real de Salvaterra de Magos

Sobre esta capela não há muito a dizer, um dos espaços fechados, que segundo pude constatar, abre apenas algumas vezes ao longo do ano, ou em datas especificas. Como tal não foi possível visitar. Um dos comentários escrito no Google sobre este edifício, que de seguida passo a citar, deixa essa informação:

“Espaço onde regularmente existem exposições temporárias. Os horários são normalmente reduzidos. Se tiverem a sorte de apanhar as portas abertas não deixem de entrar, no mínimo para conhecer o espaço que apesar de pequeno é muito bonito. Património local!”

Barragem de Magos

A Barragem de Magos, foi a primeira obra que a Junta Autónoma das Obras de Hidráulica Agrícola fez para a agricultura ribatejana. Esta barragem tinha como principal objetivo a defesa, enxugo e regadio do Paul de Magos. A construção desta Barragem data de 1934.

Atualmente esta zona é um dos mais importantes espaços de lazer do concelho, dispondo de parque de merendas, sanitários públicos e restaurante panorâmico, permitindo tardes bem passadas em contacto com a natureza, ou agradáveis serões em noites de luar.

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Deambular pelas ruas de Salvaterra de Magos

Uma das iniciativas que faz parte dos meus hábitos quando visito alguma localidade que até à data desconheça, é a de caminhar pelas ruas da zona mais antiga, ou da zona histórica, se preferir, e observar as ruas e ruelas, bem como contemplar as fachadas dos antigos edifícios e das casas de habitação. Umas ainda habitadas, outras abandonadas e outras em estado avançado de degradação, ou já em ruínas, mas todas elas transmitem algo, se falassem, todas elas teriam uma longa história para contar.

No nosso imaginário, através da observação, é possível “construir” mentalmente parte da história da localidade e da vida que outrora existiu nestas ruas…, aquela que poucos conhecem e apenas a nossa imaginação explora, desvenda, ou supostamente “constrói”. Nessa altura assumo o papel de guia turístico de mim próprio.


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